A infidelidade, a traição, o adultério, e os relacionamentos extra-conjugais, já são descritos desde a era romana e grega. Praticada por homens e mulheres com imenso prazer e normalidade. Nestas sociedades evoluídas e cultas havia um enorme culto do corpo e dos prazeres da carne.
Uma das definições dadas para “traição” é, por analogia, “infidelidade no amor”. Já a palavra “infidelidade”, está definida mais precisamente como falta de respeito, de fidelidade àquilo com que se deveria estar comprometido”. E também como sendo uma “manutenção de ligações amorosas com outra pessoa diferente daquela com quem se está comprometido.
Segundo dados de arquivo , uma reportagem da Revista Domingo do Jornal do Brasil, de 16 de Julho de 2006, discutiram-se as diferenças entre fidelidade e lealdade. Na reportagem, a psicanalista e sexóloga S. Cherman é citada, defendendo a posição de que fidelidade não é sinónimo de lealdade e que apesar de nascermos para sermos polígamos, a sociedade nos impõe a monogamia. Na sua experiência clínica, 90% das mulheres declararam ter fantasias sexuais com outros homens que não seus maridos. Ela afirma, com este dado, que ninguém é fiel, pois no momento em que se fantasia com outrem, já se está sendo infiel. Nas suas palavras, “lealdade é ser fiel ao próprio sentimento, mesmo que isto provoque conflitos.
Mas, na verdade , porém, não é a posição defendida por casais citados na reportagem acima. Na opinião deles, quando se olha para alguém interessante que não seu cônjuge, não se está sendo infiel e nem desleal. E quando um dos dois assume que achou um homem (ou uma mulher) bonito(a) para o(a) parceiro(a), é um ato de lealdade. Para estes casais, a infidelidade é ligada ao ato da traição, e não às fantasias e desejos que cada parceiro pode vir a ter durante o casamento….
Chegando a uma pequena conclusão , de que o conceito de lealdade e fidelidade varia de casal para casal e que ato de ter relações sexuais fora do casamento não implica, para alguns
casais, ser desleal ao parceiro, mas sim um acidente de percurso que todos estamos sujeitos.
Em termos classificativos , “traição”, “infidelidade”, “deslealdade” e “adultério” são termos parecidos, mas não podem ser usados como sinónimos quando falarmos sobre relacionamentos extra-conjugais. O adultério é um termo usado juridicamente quando existem relações carnais (ou sexuais) fora do casamento. Isto porque há um contrato matrimonial quando duas pessoas se casam, como pode ser visto na própria definição de adultério, que coloca o princípio ou regra da fidelidade conjugal. O ato de manter relações sexuais com outra(s) pessoa(s) fora do casamento é considerado uma violação ou transgressão desta regra. Mas afinal, foi este conceito evoluído desde a era romana e grega ao longo dos tempos? O adultério? hoje é vivido da mesma forma como há séculos atrás? Por as pessoas que procuram relações fora do casamento?
Um ditado popular diz o seguinte :
A cadeia do casamento é pesada demais. Por isso é preciso carregá-la a dois ou, muitas vezes, a três…..